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quarta-feira, 25 de julho de 2007

--~~~~''Entende-se o '''design''' (em alguns casos '''projeto''' ou '''projecto''') como o esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e definição de algo, como um [[objeto]], uma [[imagem]], entre outros, em geral voltados a uma determinada função. De uma forma ampla o termo design, porém, refere-se à concepção de uma solução prévia para um problema. Mas em uma acepção mais específica, '''design''' se refere à profissão da pessoa que projeta. Como tal, tem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar. O profissional que trabalha na área de ''design'' é chamado, portanto, de [[designer]], visto a palavra pertencer à [[língua inglesa]] e normalmente não se traduz (ver [[Design#O problema etimológico|o problema etimológico]]).

Design é, portanto, um esforço criativo através do qual se projetam todo tipo de coisas, incluindo utensílios, vestimentas, peças gráficas, livros, máquinas, ambientes e (recentemente) também interfaces de programas.

As especializações mais comuns são o [[design de produto]], [[design gráfico]] e o [[design de moda]]. O design está intimamente ligado às [[artes aplicadas]], à [[arquitectura|arquitetura]], e à [[engenharia]], mas a concorrência profissional muitas vezes leva à animosidade entre essas áreas {{carece de fontes}}.

O termo deriva, originalmente, de ''designare'', palavra em [[latim]], sendo mais tarde adaptado para o inglês ''design''. Houve uma série de tentativas de tradução do termo, mas os possíveis nomes como ''projética industrial'' acabaram em desuso.

=== Design como profissão ===
Devido à '''abrangência''' do termo, é bastante difícil precisar quais atividades são ou não são relacionadas com o ''design''. Dentre as especializações do ''design'' se encontram:

* [[Design Gráfico]]
** [[Design editorial]]
** [[Design institucional]]
** [[Design de embalagem]]
** [[Design de hipermídia]]
** [[Webdesign]]
** [[Design de jogos]]
* [[Design de Produto]]
** [[Design automobilístico]]
** [[Design de embalagem]]
** [[Design de mobiliário]]
* [[Design de Moda]]
** [[Design de jóias]]
* [[Design de Ambientes]]
** [[Design de interiores]]
** [[Design de iluminação]]

Entre as profissões que são relacionadas ao design, estão inclusas [[Arquitectura|arquitetura]], [[Arte|artes-plásticas]], [[engenharia]], [[publicidade]], [[marketing]], e outros.

Hoje, uma enorme variedade de profissões passaram a ser identificadas com a expressão "designer", quase sempre de forma errônea, algumas delas são: cake designer (para confeiteiro), hair designer (para cabeleireiro), body designer (para tatuador), dentre uma série de classificações que beiram a cafonice. Isso se deve à pretenção de alguns profissionais dessas áreas, que ao tentar ascender entre a sociedade e a mídia, fazem uso de termos em inglês almejando uma maior sofisticação.

===Design segundo Gui Bonsiepe ===
Segundo o célebre teórico de design, [[Gui Bonsiepe]], design consiste no "''domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para facilitar ações efetivas''". Para o autor, todo design é design de interfaces, no sentido em que o designer não vai projetar a forma de funcionamento do produto (tarefa da engenharia, programação, entre outras áreas de desenvolvimento), mas a interação do produto com o usuário.

===Relações entre o design e a arte===
O questionamento do caráter artístico do design é uma das questões que tradicionalmente mais preocupam os jovens que se deparam com os seus problemas conceituais pela primeira vez. A resposta mais simples à questão "''o design é uma arte?''" é "''não''": design não deve ser chamado de arte, considerando a forma como a história da arte moderna e contemporânea encara o design. Isso porque a partir do [[século XIX]] o termo "arte" ganhou um sentido ideológico ligado a uma produção material individualista e transcendente, enquanto que o design defendia uma atividade funcional que atendesse à sociedade. No século XIX novas necessidades sócio-econômicas levaram a uma cisão nas atividades ditas artísticas, havendo a partir daí uma diferenciação gradual, mas bastante evidente, entre designers e artistas plásticos.

É importante entendermos que "arte" não precisa ser um termo restritivo ligado a qualquer atividade profissional. [[E. H. Gombrich]], famoso [[História da arte|historiador de arte]], procurava em sua obra não produzir uma leitura relativista da arte, daí a afirmar que "''nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte''". Ou seja, arte é um valor não um fenômeno da natureza. Qualquer coisa pode ser chamada de arte desde que alguém a considere assim, não precisa ter sido feito por um [[artista plástico]], ou um [[designer]].

Porém, outro historiador da mesma geração que a de Gombrich, o italiano [[Giulio Carlo Argan]], propõe uma visão mais abrangente da arte moderna, entendendo-a como momento de reavaliação de si mesma em sua crise histórica, considerando aí os vários campos do design (como a arquitetura, o urbanismo e o design em si mesmo) como manifestações artísticas legítimas da modernidade. Vale ressaltar, porém, que com a reestruturação do consumo de massas no período pós-moderno, assim como junto de um processo de fetichismo acentuado da produção industrial, novas definições epistemológicas do design são necessárias, fatalmente afastando-o consideravelmente da arte contemporânea.

Já o designer norte-americano [[Henry Dreyfuss]] procurava desenvolver um design voltado para a funcionalidade e segurança do produto.

Mas como a forma usual da palavra "arte" tem sido, muitas vezes, ideologicamente restritiva, não há interesse por parte dos [[designers]] de se sujeitarem às ideologias de outras áreas. Isso se deve ao fato de que existem várias ideologias que desvalorizam o design e a reprodução técnica.

== O problema etimológico ==
Em inglês, a palavra '''design''' pode ser usada tanto como um [[substantivo]] quanto como um [[verbo]]. O verbo refere-se a um processo de dar origem e então desenvolver um projeto de algo, que pode requerer muitas horas de [[trabalho intelectual]], [[modelagem]], ajustes iterativos e mesmo processos de ''[[re-design]]''. O substantivo se aplica tanto ao produto finalizado da ação (ou seja, o produto de ''design'' em si), ou o resultado de se seguir o plano de ação, assim como também ao projeto de uma forma geral.

O termo inglês é bastante abrangente, mas quando os profissionais o absorveram para o português, queriam designar somente a prática profissional do design. Era preciso, então, diferenciar ''design'' de ''drawing'' (ou seja, o ''projeto'' diferente do ''desenho''), enfatizando que a profissão envolvia mais do que a mera representação das coisas projetadas. Na [[língua espanhola]] também existe essa distinção: existem as palavras ''diseño'' (que se refere ao ''design'') e ''dibujo'' (que se refere ao desenho).

Estudos etimológicos de [[Luis Vidal Negreiros Gomes]] indicam que também no português existiam essas nuances de significado, com as palavras ''debuxo'', ''esboço'' e outras significando o mesmo que ''debujo'' e '''desenho''' comportanto toda a riqueza de significados do ''diseño''. O arquiteto brasileiro [[João Batista Vilanova Artigas]], em um ensaio entitulado ''O desenho'', faz referências ao uso durante o período colonial da palavra ''desenho'' com significado de ''desejo'' ou ''plano''.

Na [[Bauhaus]], adotou-se a palavra ''Gestaltung'', que significa o ato de praticar a [[gestalt]], ou seja, lidar com as formas, ou formatação. Quando traduzida para o inglês, adotou-se "design", já usada para se referir a "projetos".

No [[Brasil]], com a implementação do primeiro curso superior de design, por volta da década de [[década de 1950|50]], adotou-se a expressão "[[desenho industrial]]", pois à época era proibido o uso de palavras estrangeiras para designar cursos em universidades nacionais. O nome "[[desenho industrial]]" foi assim pensado porque refere-se à prática de desenhar, esboçar e projetar algo que será reproduzido posteriormente em escala industrial. A disputa por uma nomenclatura para a profissão se estendeu por décadas. Atualmente tanto a legislação do MEC para cursos superiores, quanto várias associações profissionais usam o termo design, por entenderem que este sintetize melhor a essência da prática profissional, além se ser uma palavra menor e que já faz parte do saber popular.

Contudo, no [[Brasil]], a nomenclatura "[[desenho industrial]]" se mantém em uso atualmente, sobretudo entre os cursos de design em instituições públicas de ensino superior. Porém o termo "[[desenhista industrial]]", já não segue o mesmo rumo, pois cada vez mais cai no desuso, dando lugar ao termo inglês "[[designer]]".

O já citado Vilanova Artigas tentou resolver a questão propondo a palavra [[desígnio]] como sendo a tradução correta de ''design'', pois dessa forma, este apresentaria diferenças do simples "desenho". Apesar de ser desenho, o design possuiria algo mais: uma intenção (ou desígnio). Entretanto, apesar das pesquisas realizadas pelo arquiteto, sua proposta não foi adotada. Porém, Artigas considera legítimo também o uso da palavra "desenho" como tradução de ''design'', devido ao seu contexto histórico: Artigas explora os significados da palavra desenho e vai até o [[Renascimento]], quando o desenho possuía um conteúdo mais abrangente que o mero ato de rabiscar.

Outra proposta de nomenclatura era o neologismo '''projética''', proposto por [[Houaiss]], que também não foi adotada.

=== O uso da palavra em outros contextos ===
Na [[filosofia]] o substantivo abstrato design refere-se a objetividade, propósito, ou [[teleologia]]. O conceito é bastante moderno, e se interpõe entre idéias clássicas de sujeito e objeto. O design é então oposto a criação [[arbitrariedade|arbitrária]], sem objetivo ou de baixa [[complexidade]].

Recentemente o termo passou a ser empregado em discussões religiosas, quando foi proposta uma lei que obrigaria as escolas americanas a apresentar o argumento do [[design inteligente]] como uma alternativa à teoria da [[seleção natural]] de [[Darwin]]. O argumento sustenta que alguns aspectos do universo e da vida são complexos demais ou perfeitos demais para se originarem sem uma inteligência criadora.

==História do ''design''==
{{ver artigo principal|[[História do design]]}}

=={{Ver também}}==
{{começa correlatos}}
{{correlato|commons|Category:Design}}
{{correlato|wikcionário|Design}}
{{termina correlatos}}

* [[Artes visuais]]
* [[Filosofias do design]]

== {{Ligações externas}}==
===Portugal===
* [http://www.cpd.pt/ Centro Português de Design]
* [http://www.apdesigners.org.pt APD Associação Portuguesa de Designers]
* [http://www.and.org.pt AND Associação Nacional de Designers]
===Brasil===
* [http://www.designbrasil.org.br/portal/acoes/pbd_rede.jhtml Sítio oficial Rede Design Brasil]
* [http://www.domusid.com.br/ Domus Industrial Design]
* [http://www.arcdesign.com.br/auto/ Revista Arc Design ]
* [http://www.usp.br/fau/ensino/graduacao/design/index.html Graduação em Design na USP ]
* [http://www.faac.unesp.br/graduacao/di/index.php?menu_esq1=graduacao Graduação em Desenho Industrial na UNESP ]
* [http://www.esdi.uerj.br/graduacao/p_grad.shtml Graduação em Desenho Industrial na ESDI ]

===Outros===
* [http://www.bfi.org/ Sítio oficial da "ciência do design abrangente compreensivo"] - Instituto [[Buckminster Fuller]]

{{Design}}
{{artes-rodapé}}

[[Categoria:Design| ]]

[[an:Diseño]]
[[be-x-old:Дызайн]]
[[bg:Дизайн]]
[[bs:Dizajn]]
[[ca:Disseny]]
[[cs:Design]]
[[da:Design]]
[[de:Design]]
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[[es:Diseño]]
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[[fr:Design]]
[[he:עיצוב]]
[[hr:Dizajn]]
[[hu:Design]]
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[[it:Design]]
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