De acordo com o resumo não técnico do estudo de impacto ambiental, elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a construção do troço Alenquer-Pombal prevê a ligação, «a sul, ao lote da Ota, num pequeno troço que promove a articulação com o projecto do novo aeroporto de Lisboa», avançou a «Lusa». Segundo o documento, que estará em consulta pública até ao dia 9 de Outubro, «não existem fenómenos meteorológicos que condicionem o projecto», sendo que, nos corredores estudados, «não ocorrem quaisquer valores geológicos com interesse científico, cultural ou paisagístico classificados». «As principais condicionantes do ponto de vista do ordenamento do território são as Reservas Agrícola Nacional e Ecológica Nacional, cujo atravessamento é inevitável», lê-se no documento da APA, que avança que «a interferência com importantes infra-estruturas (gasodutos, linhas de alta tensão, auto-estradas importantes, vias férreas, aqueduto) também constitui uma condicionante aos traçados, podendo implicar modificações em algumas dessas infra-estruturas ou suspensões pontuais do seu funcionamento durante a obra». Na fase de construção, «as principais acções causadoras de impactos são a desmatação, as escavações e os aterros e a abertura de túneis», enquanto na fase da exploração os impactos serão originados pela circulação dos comboios e pela «existência física de uma infra-estrutura linear». No troço Alenquer-Pombal está prevista a construção de cinco a oito túneis, com uma extensão total que vai variar entre os 2 e os 5,7 quilómetros, bem como a construção de 19 a 26 pontes e viadutos numa extensão total que oscilará entre os 11 e os 18 quilómetros. Os impactos positivos desta obra relacionam-se com o «crescimento da economia nacional e a criação de postos de trabalho», o que terá reflexos no comércio e nos serviços, que serão «estimulados» pelo aumento da procura.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
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